quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Os rótulos baratos

        Muitas pessoas se matam dia após dia por causa das diferenças culturais. Olham para as suas etiquetas penduradas no pescoço e olham para a do próximo, se não forem iguais, começa a disputa. Os rockeiros odeiam os pagodeiros, os de direita não podem ver os de esquerda, os torcedores do Corinthians rivalizam intensamente com os palmeirenses, pessoas em uma guerra se matam sem nem conhecer o adversário, apenas por ordens superiores, o rico olha para o pobre com desgosto, o pobre não deixa por menos e fala mal do rico, chama de ladrão, e assim vai.

     Mas todos esses aspectos pelos quais muitos se julgam melhores que os outros, e acabam os agredindo, passam. O estilo musical muda em poucos anos, os de direita viram de esquerda com a troca de governo, os times perdem e ganham campeonatos,  as guerras acabam e as medalhas dos mortos não trazem sustento para as famílias desamparadas e o carro importado do rico logo vira o caro que o pobre usa. Vale à pena brigar, matar e dividir as pessoas por tais aspectos? Não. Alguém vai dizer o que importa, e não sou eu:

“Vendo os escribas dos fariseus que  ele comia com os publicanos e pecadores, perguntavam aos discípulos: Por que é que ele come com os publicanos e pecadores?
Jesus, porém, ouvindo isso, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores.”
  Marcos 2

       Na época, os mal vistos eram os publicanos e os diversos “pecadores”, como pobres, cobradores de impostos, prostitutas, enfim, gente de má fama na sociedade, gente com rótulos feios. Mas se até esses Jesus veio buscar, porque nós não vamos deixar eles irem? Eu não sou melhor que ninguém, espero que você pense o mesmo, eu sei que preciso de Cristo, espero que você pense o mesmo.

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