quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Parábola da convivência

      Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberta por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.

     Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro, e, todos juntos, bem unidos, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

      Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. Assim, afastaram-se feridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...

     Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
 
     Nessa parábola aprendemos que o amor a vida do próximo tem que ser maior que os defeitos dele, pois ainda que sejamos feridos, o amor supera tudo e é necessário para que tenhamos vida.

Leitura recomendada: 1corintios 13 http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13.

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