Existia próximo a uma pequena cidade, uma casinha bem simples, no alto da serra, onde morava um velho sábio, contador de estórias. Uma pessoa querida e respeitada por todos que viviam naquela região.
Certo dia, um grupo de garotos, travessos, sonhadores e com energia transbordando, tiveram uma "brilhante" idéia:
- Hoje nós vamos desbancar aquele velho! Vamos mostrar para ele que ele é capaz de errar. A gente pega um passarinho, bem pequenininho, coloca entre as mãos, vai até ele e pergunta o que é que a gente tem na mão. Como ele é sábio, facilmente vai responder. Aí é que a gente complica ele: vamos perguntar, depois que ele acertar que é um pássaro, se o passarinho está vivo ou está morto. Se ele responder que está vivo, a gente aperta a mão e força o pescoço do pássaro, em seguida, mostrando pra ele que está morto; se responder que está morto, a gente abre a mão e o bichinho sai voando. De todo jeito ele vai sair perdendo.
E assim fizeram. Pegaram o passarinho e dirigiram-se, eufóricos, até a casa do velho. Aproximaram-se, todos contentes, e foram perguntando, já subestimando a capacidade do homem:
- O que é que a gente tem entre as mãos?
Ele olhou, olhou, observou bastante e respondeu:
- Um passarinho.
- Muito bem! Acertou. Agora, diga-nos: este passarinho está vivo ou está morto?
Olhando bem nos olhos de cada um dos garotos, com voz serena e cheia de autoridade, respondeu:
- Depende de vocês! A vida ou a morte deste passarinho está nas suas mãos.
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