P1 – Se formos mortais, a vida não tem sentido. (A mortalidade anula o sentido porque todos estaremos mortos daqui a algum tempo, e assim não poderemos continuar para sempre a fazer coisas de valor).
P2 – Se nada do que fazemos é permanente, nada do que fazemos tem sentido. (A impermanência anula tudo o que fazemos porque tudo acabará por desaparecer. Mesmo que ajudemos os outros, que criemos um mundo melhor, mais belo e mais justo, mesmo que sejamos imensamente felizes, nada disso restará daqui a um milhão de anos).
P3 – Mas, se temos uma alma imortal e se Deus nos criou com uma finalidade, a vida humana tem sentido. (Vale a pena viver, pois Deus dá sentido à vida: Deus criou-nos com uma alma imortal, e deste modo não seremos reduzidos à morte e ao nada; do mesmo modo Deus irá recompensar-nos ou castigar-nos em função do modo como vivemos a vida, e assim o que fazemos ganha permanência, marcando para sempre a nossa existência após a morte).
C – Logo, a vida faz sentido se, e só se, Deus existe.
Texto de Tolstoi: “Confissão” (1882).
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